4/12/2010
Até os aliados do Governo estão cobrando urgente providências para o atendimento das populações do Interior
O deputado Antônio Granja (PSB) quer formar uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa para discutir problemas ligados à seca como abastecimento d´água, seguro-safra, distribuição de milho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e dívidas dos agricultores junto ao Banco do Brasil.
A intenção do parlamentar é levar essa discussão para a bancada federal cearense na tentativa de que haja uma mobilização das bancadas do Nordeste em debater e resolver essas problemáticas.
A sugestão do parlamentar foi baseada nos problemas e consequências geradas pela seca no Sertão cearense, tema debatido em uma audiência pública pela Comissão de Agropecuária, Recursos Hídricos e Minerais no dia primeiro deste mês.
Em relação a oferta de água, Antônio Granja observa que o Ceará é privilegiado por ter grandes reservatórios, mesmo assim, afirma que comunidades próximas 15km do açude Castanhão não tem água encanada, o que na sua concepção é "inadmissível". Segundo o parlamentar, o problema seria resolvido com a construção de adutoras.
Agora a falta de água no Interior do Estado, conforme o deputado, está mais grave já que o Ministério da Integração Nacional não repassou ao Exército os recursos para a manutenção do programa de fornecimento de água. A medida acarretou a retirada de circulação de carros-pipa em 44 cidades do Ceará.
Responsabilidade
Conforme Antônio Granja, esse programa já foi interrompido quatro vezes somente este ano, lembrando que o abastecimento de água, através de carro-pipa, é de responsabilidade do Governo Federal. "A falta de repasse ao Exército está levando sede a muitos municípios", destacou.
Sobre o seguro-safra, a preocupação do parlamentar se deve ao fato de que os agricultores vão receber a última parcela do programa em dezembro, não sabendo como ficará os próximos meses. "Daqui até colher o seu feijão, o milho, o que esses agricultores vão fazer?"
Há também a questão do rebanho que está sendo prejudicado por falta de alimento, devido o alto preço do milho, que no Ceará já chegou a R$ 34 o quilo. Outra preocupação é em relação as dívidas dos agricultores junto ao Banco do Brasil. "Temos é que ter medidas para anistiar algumas dívidas e alongar os prazos, para que os pequenos proprietários não sejam prejudicados por essa medida do banco", sugeriu.
Museu
O deputado Fernando Hugo (PSDB) alerta que o Sertão cearense está morrendo de sede e de fome em pleno século 21. Para o tucano, falta projetos de irrigação em vários açudes do Estado, entendendo que o carro-pipa era para estar no "museu".
O deputado Cirilo Pimenta (PSDB) aposta na construção de adutoras e em projetos como Pingo D´água para acabar com a falta de água no Ceará, o que de acordo com o tucano, são medidas simples, baratas e eficazes. "O Ceará não era para ter mais carro-pipa, água tem muita no Castanhão, no Banabuiú. Comunidades que moram às margens do Banabuiú não têm água encanada, isso já podia ter sido resolvido em um ano", pontua.
Cirilo Pimenta acredita que para muitas questões, como o alto preço do milho, falta ação da representação política cearense no Congresso, afirmando que o Rio Grande do Sul fez pressão política e acabou diminuindo o preço do milho lá.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE


sábado, dezembro 04, 2010
Redação do IN
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